Nos dias de hoje, é muito comum ver pessoas que precisam interromper a construção de uma obra justamente por não terem o dinheiro necessário. Dessa forma, a realização do cálculo de custo por metro quadrado pode evitar que você tenha problemas por falta de dinheiro.
Para que isso jamais ocorra, é preciso estabelecer um estudo prévio dos possíveis gastos com a obra, além de seguir uma série de instruções que auxiliarão a redução de gastos do projeto.
Portanto, neste artigo, você entenderá como realizar o cálculo do custo por metro quadrado, além de conhecer 5 dicas valiosas sobre o custo de obras. Afinal, para você reduzir os seus gastos, é preciso entender quais fatores influenciam no valor final do serviço. Vem com a gente!
Criando a fórmula do cálculo de custo por metro quadrado
Para que seja feita uma estimativa do custo por metro quadrado no final de uma obra, há diversos fatores que são utilizados a fim de tentar prever os gastos necessários. São eles:
– CUB;
– Área equivalente de construção (AEqC);
– Itens não inclusos;
– BDI.
Entenda sobre cada uma dessas terminações a seguir:
1 – CUB
Essa sigla significa Custo Unitário Básico e é o fator mais importante da fórmula do custo por metro quadrado, que será apresentada adiante.
Esse termo foi criado por meio da Lei Federal 4.591/64 e vem sendo atualizado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) em cada estado do Brasil.
A principal função do CUB é fornecer uma estimativa do custo do metro quadrado atualizado em todos os estados brasileiros. Além disso, o indicador também possibilita o acompanhamento dos custos do setor de modo geral.
2 – Área equivalente de construção (AEqC)
Quando o assunto é o cálculo de custo por metro quadrado, a área total do lote ou a área real construída não são os valores corretos a serem utilizados na equação. O correto é inserir a área equivalente da construção.
Em casos específicos, a determinação dessa área pode ser mais complexa. Por isso, a melhor opção é obter essas informações com o engenheiro projetista ou com um arquiteto contratado.
3 – Itens não inclusos
Por mais que a estimativa do CUB considere vários fatores, há ainda algumas especificidades da obra que não foram incluídas na conta. Veja alguns itens que podem não estar incluídos no cálculo, mas que estão presentes na obra:
– Fundações;
– Outros tipos de equipamentos;
– Serviços e obras complementares.
Portanto, vale a pena dar uma olhada na lista e verificar se algo que você planeja utilizar não está anotado. Se estiver, é preciso adicionar esses números ao cálculo do custo final.
4 – BDI
A sigla BDI significa benefícios e despesas indiretas, e serve para contabilizar despesas que não estão presentes no CUB a fim de fornecer o custo por metro quadrado real. Veja quais são:
- Seguros;
- Garantia;
- Taxas de construtora;
- Impostos;
- Demais custos administrativos.
Compreendendo o que cada termo significa, é hora de realizar a fórmula. A equação é realizada da seguinte maneira:
Custo Final = (CUB x AEqC + Itens não inclusos) x (1+BDI)
Gostou de conhecer mais sobre como calcular o custo por metro quadrado? Veja agora 5 dicas essenciais sobre custo de obras.
Os custos diretos e indiretos de uma obra
O custo é todo o valor necessário para a produção de um bem ou serviço. No setor de engenharia, os custos são variados e podem se dividir entre diretos e indiretos.
Os custos diretos são os mais fáceis de serem analisados por estarem diretamente ligados ao projeto de engenharia, como a matéria-prima, mão de obra, entre outros.
Já os custos indiretos são mais complexos pois, como o próprio nome diz, não estão ligados diretamente à obra e equipe. Como exemplo, podemos citar as próprias taxas BDI, que incluem taxas administrativas, impostos, entre outros.
Além disso, é importante lembrar que alguns custos, como a mão de obra, pode ser tanto direta quanto indireta.
5 dicas para a redução de custos em obras
1 – Faça uso das novas tecnologias
O avanço tecnológico está possibilitando aos profissionais o acesso às ferramentas poderosas e dinâmicas que auxiliam na gestão de custos de uma obra.
Entre essas tecnologias, há diversos softwares que podem ser utilizados tanto para a construção, como para a gestão de um projeto a fim de reduzir os seus custos.
2 – Busque profissionais qualificados
Não adianta possuir o melhor material, a melhor matéria-prima e o software mais sofisticado do mercado se você não estiver cercado por profissionais competentes.
Por isso, é de extrema importância que você valorize a contratação de seus funcionários e, caso eles não sejam capacitados, não hesite em investir em cursos que os qualifique.
Dessa forma, os colaboradores de seu negócio estarão aptos a gerenciar uma obra de forma econômica e com eficácia.
3 – Realize pesquisas de mercado
Saber analisar as principais tendências do mercado antes de qualquer projeto é algo essencial, independente do setor em que você atue.
Uma dica é utilizar as redes sociais para buscar comentários de clientes sobre determinado produto ou serviço.
4 – Evite desperdícios
Evitar o desperdício dentro de uma obra é um fator essencial para manter um saldo positivo, além de ajudar o meio ambiente e evitar consequências desagradáveis.
Portanto, compre o material na medida certa, acomodando-os em um local seguro e não gastando mais do que o necessário.
5 – Planejamento efetivo de gastos
Saber realizar um planejamento efetivo dos gastos de forma detalhada é algo essencial para a redução de custos de uma obra.
É preciso que seja informado como os recursos serão aplicados ao projeto. Além disso, você também deve planejar, com antecedência, como será feito o pagamento da obra.
Conclusão
Como foi visto no artigo, saber calcular o custo por metro quadrado de uma obra é imprescindível para qualquer pessoa que deseja reduzir os seus custos e almeja aumentar a produtividade da construção. Além disso, há outros fatores que auxiliaram nessa redução, como a diminuição de desperdício, o planejamento detalhado dos gastos, pesquisa de mercado, entre outros.
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